sábado, 2 de janeiro de 2016

Edição nº 241



Dóminus "O Senhor"
Dóminus eletrônico ­- Ano 5 - Edição nº 241
X Solenidade da Epifania
FESTA DO SANTÍSSIMO NOME DE JESUS
3 de janeiro de 2016.
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"E entraram na casa, e acharam o Menino com Maria, sua Mãe e, prostrando-se, O adoraram."  Ev.
Intróito / Malaquias 3.1; I Crônicas 29.12; Salmo 71.1
Canto solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia. Compunha-se antigamente duma antífona e de um salmo, que se cantava por inteiro. Hoje o salmo está reduzido a um só versículo.
ECCE ADVÉNIT — Eis que aí vem o soberano Senhor; em sua mão está o Rei­no, o Poder e o Império. Sl. Ó Deus, dai o vosso julgamento ao Rei; e a vos­sa justiça ao Filho do Rei. ℣. Glória ao Pai.
Oração (Colecta)
Numa breve oração, o celebrante resume e apresenta a Deus os votos de toda a assembleia, votos estes sugeridos pelo mistério ou solenidade do dia.
Ó Deus, que no dia de hoje manifestastes o vosso Unigénito aos gentios, guiados por uma estrela, concedei propício, que, conhecendo-Vos pela fé, che­guemos também a contemplar o Esplendor de vossa Majestade. Pelo mesmo Jesus Cristo.
& Epístola Extraída do profeta Isaias 60. 1-6
O Profeta refere-se a Jerusalém. A imagem é inspirada no espetáculo que oferece, todas as manhãs, a Cidade Santa: iluminada pelos primeiros raios do sol, dir-se-ia um foco radiante de luz. Jerusalém, figura da Igreja, tornar-se-á a " luz das Nações "; de todos os lados, reis e povos a ela acorrerão, atraídos pelo brilho da sua glória.
Levanta-te, Jerusalém, e resplan­dece, porque já veio a tua luz, e a glória do Senhor nasceu sobre ti. Porque eis que as trevas cobrem a terra, e a escuridão, os povos, mas sobre ti se levanta o Senhor e em ti se manifesta a sua glória. E as nações caminham ao fulgor de tua luz, e os reis, ao esplendor de tua aurora. Ergue os olhos em derredor e vê: todos os povos se congregam e vêm a ti; teus filhos vêm de longe e tuas filhas surgem de todos os lados. Então, verás e transbordarás de alegria, teu coração se mara­vilhará e se dilatará, quando a ti vier a multidão de além dos mares, e os grandes dentre os pagãos se acer­carem de ti. Serás como inundada pela afluência de camelos e dromedários de Madian e Efa; todos virão de Sabá, trazendo ouro e incenso e proclamando os louvores do Senhor.
Gradual / Isaías 60. 6, 1

Todos virão de Sabá, trazendo ouro e incenso e proclamando os louvores do Senhor. ℣. Levanta-te, Jerusalém, e resplandece, porque a gló­ria do Senhor se levantou sobre ti.

Aleluia / Mateus 2. 2

Aleluia, aleluia. ℣. Vimos a sua estrela no Oriente, e viemos com presentes adorar o Senhor. Aleluia.

& Evangelho segundo São Mateus 2. 1-12
" Aquele que os Magos adoraram, menino num presépio, adoremo-Lo nós, onipotente nos Céus; e do mesmo modo que os Reis o presentearam com seus tesouros, presenteemo-Lo também, em nossos corações, com ofertas dignas de Deus " (S. Leão, em Matinas).
Tendo Jesus nascido em Belém de Judá, nos dias do Rei Herodes, eis que do Oriente vieram uns Magos a Jerusalém, perguntan­do: Onde está o recém-nascido, Rei dos Judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-LO. Ouvindo isto, o rei Herodes turbou-se e com ele toda a Jerusalém. E convocando todos os príncipes dos sa­cerdotes e os escribas do povo, indagava deles onde o Cristo nasceria. E eles disseram: Em Belém de Judá, porque assim está escrito pelo Profeta: E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de governar o meu povo de Israel. Então Herodes, chamando secretamente os Magos, inquiriu cuidadosamente deles o tempo em que lhes aparecera a estrela. E enviando-os a Belém, disse-lhes: Ide e per­guntai diligentemente pelo Menino, e assim que O achardes, fazei-mo saber para que eu vá também e O adore. Tendo eles ouvido as palavras do Rei, foram-se. E eis que a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até que chegando, parou sobre o lugar em que estava o Menino. Vendo a estrela, exultaram com grandíssima alegria. E entraram na casa, e acha­ram o Menino com Maria, sua Mãe [aqui todos se ajoelham] e, prostrando-se, O adoraram. E abertos os seus tesouros, ofereceram-Lhe como presentes: ouro, incen­so e mirra. E, sendo avisados em sonho que não voltassem a Herodes, regressaram por outro caminho a seu país.
Pregação
Divulgação:
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.
Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.
Ofertório / Salmo 71. 10-11
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito. Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das oferendas, canto de procissão, oração sobre as oblatas.
Os reis de Társis e das ilhas oferecer-Lhe-ão presentes; os reis da Arábia e de Sabá trarão donativos; adorá-Lo-ão todos os reis da terra e os povos todos O servirão.
Secreta
É a antiga "oração sobre as oblatas", ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon. É neste último que se faz propriamente a oblação do sacrifício.
Nós Vos suplicamos, Senhor, olhai propício para as ofertas de vossa Igreja, que não mais Vos ofere­ce ouro, incenso e mirra, porém Aquele mesmo que estes dons simbolizam e que é agora imolado e recebi­do como Alimento, Jesus Cristo, vosso Filho, Nosso Senhor, que, sendo Deus, convosco vive e reina.
Communio / Mateus 2. 2
Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão dos fiéis.
Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
Vimos a sua estrela no Oriente, e viemos com presentes adorar o Senhor.
Postcommunio
Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Fazei, nós Vos pedimos, ó Deus onipo­tente, que alcancemos com inteligência e pureza de alma o Mistério que celebramos com tão festivo ofício. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
A Epifania
Ó pequenino Jesus, em Vós reconheço o Rei dos céus e da terra: fazei que eu Vos possa adorar com a fé e o amor dos Magos.
1 — «Hoje o mundo reconheceu Aquele que a Virgem deu à luz... Hoje refulge a festa da Sua manifestação» (BR.). Hoje Jesus manifesta-Se ao mundo como Deus.
O Intróito da Missa introduz-nos diretamente neste espírito, apresentando-nos Jesus na majestade real da Sua divindade: «Eis que veio o soberano Senhor: Ele tem nas Suas mãos o cetro, o poder e o império». A Epístola (Is. 60, 1-6) prorrompe num hino de glória anunciando a vocação dos gentios à fé; também eles reconhecerão e adorarão em Jesus o seu Deus. «Levanta-te e resplandece, Jerusalém, porque veio a tua luz... E as nações caminharão à tua luz e os reis ao resplendor da tua aurora... Todos virão de Sabá trazendo ouro e incenso e publicando os louvores do Senhor». Já não se vê, à volta do presépio, a humilde presença dos pastores, mas o faustoso cortejo dos Magos que vieram do Oriente como representantes dos povos pagãos e de todos os reis da terra, para prestarem homenagem ao Deus Menino.
Epifania (ou Teofania) quer dizer «manifestação de Deus»; e esta manifestação de Deus vemo-la realizada em Jesus que hoje Se manifesta ao mundo como seu Deus e Senhor. Já um primeiro prodígio, o da nova estrela aparecida no Oriente, revelara a Sua divindade; mas à recordação deste milagre que ocupa o primeiro lugar na liturgia deste dia, a Igreja junta mais dois: a água convertida em vinho nas bodas de Caná, e o Batismo de Jesus no rio Jordão, enquanto uma voz, vinda do céu, atesta: «Este é o meu Filho muito amado». «Três milagres ilustraram o santo dia que hoje celebramos», canta a Antífona do Magnificat: três milagres que devem dispor-nos para reconhecer e adorar com fé viva, no Menino Jesus, o nosso Deus, o nosso Rei.
2 — «Vimos a Sua estrela no Oriente e viemos com presentes adorar o Senhor». Nestes versículos da Missa de hoje está sintetizada a conduta dos Magos. Ver a estrela e pôr-se a caminho, foi obra de um momento. Não duvidaram porque a sua fé era firme, segura e inteira. Não hesitaram perante a fadiga da longa via­gem, porque o seu coração era generoso. Não deixa­ram para mais tarde, porque a sua alma estava pronta.
No céu das nossas almas também aparece frequen­temente uma estrela: uma inspiração íntima e clara de Deus, que nos convida a um ato de generosidade, de desprendimento, a uma vida de maior intimidade com Ele. Devemos saber sempre seguir a nossa estrela com a fé, com a generosidade e com a prontidão dos Ma­gos. Seguida assim, conduzir-nos-á sem dúvida ao encontro do Senhor, far-nos-á achar Aquele que procuramos.
Os Magos perseveraram na sua busca mesmo quando a estrela desapareceu aos seus olhos; da mesma forma devemos nós perseverar no bem mesmo através das trevas interiores: é a prova da fé, que somente se pode superar com um intenso exercício de fé pura e nua. Sei que Deus assim o quer, sei que Deus me chama e isto basta: Scio cui credidi et certus sum (II Tim. 1, 12); sei quem é aquele em quem acreditei e aconteça o que acontecer nunca poderei duvidar dEle.
Com estas disposições vamos com os Magos ao presépio. «E assim como aqueles ofereceram, dos seus tesouros, místicos dons ao Senhor, saibamos nós também tirar dos nossos corações dons dignos de Deus» (BR.).
Extraído do Livro Intimidade Divina­ — P. Gabriel de Santa Maria Madalena O.C.D.
Segunda edição (Traduzida da 12ª edição italiana) — 1967.

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