sábado, 5 de dezembro de 2015

Dóminus 234

Dóminus"O Senhor"
Dóminus eletrônico ­- Ano 5 - Edição nº 234
6 de dezembro de 2015
X 2.º DOMINGO DO ADVENTO
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Terça feira, dia 8, Dia Santo de guarda,
Festa da Imaculada Conceição de Nossa Senhora
Intróito / Isaias 30. 30; Salmo 74. 2
O Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.
Canto solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia. Compunha-se antigamente duma antífona e de um salmo, que se cantava por inteiro. Hoje o salmo está reduzido a um só versículo.
Povo de Sião, eis que o Senhor virá para salvar as nações; e o Senhor fará ouvir a glória de sua voz, para alegria de vosso coração. Sl. Vós, que governais a Israel, escutai; Vós, que conduzis a José como um pastor a ovelha. . Glória ao Pai.
Oração (Colecta)
Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
        Numa breve oração, o celebrante resume e apresenta a Deus os votos de toda a assembleia, votos estes sugeridos pelo mistério ou solenidade do dia.
Excitai, Senhor, os nossos corações para prepararmos os caminhos do vosso Unigênito, a fim de que, por sua vida, mereçamos servir-Vos, com as nossas almas purificadas. Ele que, sendo Deus, convosco vive.
& Epístola de São Paulo Apóstolo aos Romanos 15.  4-13
O chamamento de Deus dirige-se a todos os homens, sem olhar à origem ou ao ambiente em que vivam, a méritos ou privilégios. Lembrando esta verdade aos fiéis, convertidos do paganismo ou do judaísmo, S. Paulo dá graças a Deus por esta vocação universal, fundamento da esperança cristã.
Irmãos: Tudo o que está escrito foi escrito para nosso ensinamento, para que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança. O Deus da paciência e da consolação vos dê que tenhais entre vós sentimentos segundo Jesus Cristo, para que, unânimes, a uma voz, glorifiqueis a Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso, socorrei uns aos outros, como também o Cristo vos acolheu para glória de Deus1. Digo-vos, pois, que Jesus Cristo foi o ministro da circuncisão, em testemunho da fidelidade de Deus, e em ratificação das promessas feitas a nossos pais. Quanto aos gentios, que também glorifiquem a Deus em sua misericórdia, como está escrito: Por isso confessar-Vos-ei entre os povos, Senhor, e cantarei hinos a vosso Nome. Alhures, está ainda escrito: Alegrai-vos, nações, com o seu povo. E ainda: Louvai ao Senhor, todos os povos: celebrai-O, todas as nações. E também diz Isaías: Sairá uma raiz de Jessé e as nações esperarão n'Aquele que dela se levantará para regê-las.2 O Deus da esperança vos encha de toda alegria e paz em vossa fé; para que sejais riquíssimos da esperança e da virtude do Espírito Santo.
Gradual / Salmo 49. 2-3, 5
Gradual e Aleluia, são cantos intercalares, por via de regra, tirados dos salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.
De Sião irradia o esplendor de sua formosura. Deus aparecerá visivelmente. . Congregai diante d'Ele os Santos que fizeram aliança para Lhe oferecer sacrifícios.
Aleluia / Salmo 121. 1
Aleluia, aleluia. . Alegrei-me com o que me foi dito: iremos para a casa do Senhor. Aleluia.
& Evangelho segundo São Mateus 11. 2-10
Jesus define-se como Messias, tendo em vista aquilo de Isaias: " A boa nova é anunciada aos pobres. " E ajunta imediatamente: " Feliz aquele para quem Eu não for pedra de escândalo. " Fujamos de criar para nós um Messias e uma religião, segundo a nossa maneira de ver.
Naquele tempo, ouvindo João, no cárcere, as obras do Cristo, enviou dois dos seus discípulos a dizer-Lhe: És Tu o que há de vir, ou devemos esperar por outro? 3 E respondendo, Jesus lhes disse: Ide repetir a João o que ouvistes e vistes: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, os pobres são evangelizados e bem-aventurado é aquele que de Mim não se escandalizar4. E quando eles partiram, começou Jesus a falar ao povo acerca de João: Que saístes a ver no deserto? Uma cana agitada pelo vento? Mas, que saístes a ver? Um homem vestido suntuosamente? Ora, os que vestem roupas finas habitam os palácios dos reis. Então, que saístes a ver? Um Profeta? Sim, eu vos digo, e vistes mais que um Profeta. Porque, este é de quem está escrito5: Eis que envio diante de tua face o meu Mensageiro, que preparará o teu caminho diante de ti.
Pregação
Divulgação:
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.
Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.
Ofertório / Salmo 84. 7-8
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Reconherce-á neste canto do ofertório o ardente apelo à salvação que vem de Deus, à sua misericórdia, apelo que a Igreja repete todos os dias, nas preces que o sacerdote pronuncia aos pé do altar.
Ó Deus, voltando-Vos para nós, dar-nos-eis vida nova, e em Vós se alegrará o vosso povo. Mostrai-nos, Senhor, a vossa misericórdia, e dai-nos a vossa salvação.
Secreta
É a antiga "oração sobre as oblatas", ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.
Nós Vos suplicamos, Senhor, que Vos aplaqueis com as nossas humildes preces e sacrifícios e que o socorro de vossos auxílios supra a falta de nossos méritos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio / Baruque 5. 5; 4. 36;
Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão dos fiéis.
Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
Jerusalém, levanta-te e firma-te no alto, e vê o gozo que te virá de teu Deus.
Postcommunio
Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Saciados, Senhor, com o Alimento espiritual, humildemente Vos suplicamos que, pela participação deste Mistério, nos ensineis a desprezar os bens terrestres e amar os celestes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
O senhor Virá depressa
Ponho-me diante de Jesus Sacramentado para ouvir o Seu duplo convite à confiança e à penitência de que nos fala a liturgia de hoje.
1 Depois de termos considerado o sublime programa de santificação a que todos devemos tender, é muito consolador meditar nos magníficos textos da liturgia de hoje: são um convite à plena confiança no auxílio divino. «Depressa virá a tua salvação; porque te consomes de tristeza?... Salvar-te-ei e livrar-te-ei, não temas... Como uma mãe consola seus filhos, assim eu vos consolarei a vós, diz o Senhor.» (BR.) O Senhor não nos quer na ansiedade e no desânimo. Se Ele nos propõe um caminho sublime de santidade, não nos deixa sós, mas está conosco para ser o nosso auxílio e sustentáculo.
A Missa do dia põe em evidência como Jesus não vem somente para o povo de Israel, para um número escasso de eleitos, mas para todos, até mesmo para os gentios. «Eis que o Senhor vem para salvar as nações». (Intr.) Confiemos, portanto, e alegremo-nos conforme os desejos de São Paulo: «O Deus da esperança vos encha de todo gozo e de paz na vossa fé, para que abundeis na esperança». (Ep. Rom. 15, 4-13) E para que a nossa esperança em Cristo seja estimulada também por fatos concretos, o Evangelho (Mt. 11, 2-10) descreve-nos a grandeza das Suas obras: «Os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, os pobres são evangelizados».
Não há miséria material ou moral que Jesus não possa curar; pede-nos apenas que Lhe vamos ao encontro com um coração dilatado pela fé, pela confiança absoluta no Seu onipotente amor misericordioso.
2 No Evangelho de hoje Jesus apresenta-nos a figura forte e austera do Batista: «Que fostes vós ver ao deserto? Uma cana agitada pelo vento?... Um homem vestido de roupas delicadas?»
Se queremos preparar os nossos corações para a vinda do Senhor, devemos calcar aos pés os bens terrenos, como João Batista que, despojando-se de tudo, se retirou para o deserto a fim de se entregar a uma vida de penitência. O seu exemplo convida-nos a retirar-nos para o deserto interior do nosso coração, longe das criaturas, para esperar a vinda de Jesus num inteiro recolhimento, silêncio e solidão — tanto quanto nos permitam os deveres do nosso estado. E devemos perseverar nesta atitude mesmo no meio da aridez e do desânimo: «Eis que aparecerá o Senhor — canta o ofício do dia — e não faltará à Sua palavra: se demora, espera-O, pois que virá e não tardará» (BR.).
Ao recolhimento interior unamos um maior espírito de penitência e de mortificação. Examinemos com que generosidade praticamos as penitências e as mortificações prescritas pelas nossas regras, ou as que livremente nos impusemos com a aprovação dos nossos confessores ou superiores. Se neste ponto reconhecemos que fizemos pouco, será conveniente propor fazermos alguma mortificação especial: na comida, no descanso, no vestuário, em algum trabalho pesado ou pouco agradável à natureza...
Se queremos saborear as doces alegrias do Natal, devemos saber preparar-nos para elas com aquelas disposições que a Igreja hoje nos convida a pedir: «Nós Vos suplicamos, Senhor, que... nos ensineis a desprezar as coisas da terra e a amar as do céu». (MR.)
Extraído do Livro Intimidade Divina­ — P. Gabriel de Santa Maria Madalena O.C.D.
Segunda edição (Traduzida da 12ª edição italiana) — 1967.

1 Dirigindo-se aos cristãos convertidos do paganismo, S. Paulo convida-os a que se mostrem benévolos com seus irmãos, tal como Jesus Cristo o havia sido com eles. Pregado em primeiro lugar aos Judeus, em virtude das promessas, o Evangelho, nem por isto deixou de se divulgar entre os pagãos, para glória de Deus e por pura misericórdia com eles.
2 Salmo 17.50; Deuteronômio 32.43; Salmo 116.1; Isaias 11.10.
3 Expressão que não significa dúvida, mas impaciência.
4 Milagres, indicados por Isaías como sinais dos tempos messiânicos; 26. 19; 29. 18; 35. 5-6; 61. 1-2.
5 Malaquias 3. 1.

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