sábado, 25 de outubro de 2014

Dóminus 173

Dóminus "O Senhor"
Dóminus eletrônico ­- Ano 4 - Edição nº 173
X 20º Domingo depois de Pentecostes
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26 de outubro de 2014.
Ó Jesus, Príncipe dos séculos, Rei das gentes, sede o único Rei da minha mente e do meu coração.
Hoje, em todas as Paróquias, Igrejas e Oratórios, diante do Santíssimo exposto, convém renovar a Consagração do gênero humano a Jesus Cristo Rei, prevista para esse dia (Indulgência Plenária, cf. Enchir. Ind. n. 27).
A Santa Missa é transmitida todos os Domingos,
às 7 horas da manhã, pela Rádio Bom Jesus AM
Intróito / Apocalipse 5. 12; 1. 6; Salmo 71. 1
        O Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.
Canto solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia. Compunha-se antigamente duma antífona e de um salmo, que se cantava por inteiro. Hoje o salmo está reduzido a um só versículo.
O Cordeiro, que foi imolado é digno de receber o poder, a divindade, a sabedoria, a força e a honra. A Ele, a glória e o império por todos os séculos dos séculos. Sl. Ó Deus, dai ao Rei a vossa equidade, e ao Filho do Rei a vossa justiça. ℣.Glória ao Pai.
Oração (Colecta)
Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
            Numa breve oração, o celebrante resume e apresenta a Deus os votos de toda a assembleia, votos estes sugeridos pelo mistério ou solenidade do dia.
Ó Deus onipotente e eterno, que tudo quisestes incorporar em vosso amado Filho, o Rei de todas as coisas, concedei, propício, que todas as famílias das nações desagregadas pela chaga do pecado, se submetam ao seu suavíssimo poder, Ele que, sendo Deus, convosco vive e reina.
& Leitura epístola de São Paulo Apóstolo aos Colossenses 1. 12-20
Leitura ordinariamente extraída das epístolas ou cartas dos Apóstolos; daí o seu nome. Algumas há tiradas dos escritos do Antigo Testamento. As epístolas do ano litúrgico formam um conjunto doutrinal de alto valor para a vida cristã.
Irmãos: Damos graças a Deus Pai, que nos fez dignos de participar da sorte e herança dos Santos na luz; que nos tirou do poder das trevas e nos transportou ao Reino do Filho do seu amor. N'Ele, por seu Sangue, temos a Redenção, a Remissão dos pecados. Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criatura. Porque, n'Ele foram criadas todas as coisas nos Céus e na Terra, quer as visíveis, quer a as invisíveis; os Tronos, as Dominações, os Principados, as Potestades, tudo foi criado por Ele e n'Ele. E Ele está acima de todas as coisas, e todas subsistem por Ele. Ele é também a Cabeça do Corpo da Igreja, é o princípio, o primogênito dentre os mortos. Ele em tudo tem a primazia, porque, foi do agrado do Pai que n'Ele residisse toda a plenitude [da perfeição divina]: para que reconciliassem por Ele todas as coisas, pacificando pelo Sangue derramado na Cruz, tanto as coisas da Terra como as coisas dos Céus no Cristo Jesus, Nosso Senhor.
Gradual / Salmo 71. 8 e 11
Gradual e Aleluia, são cantos intercalares, por via de regra, tirados dos salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.
Ele domina de mar a mar, e desde o rio até as extremidades da Terra. ℣.Todos os reis da Terra O adoram e os povos todos O servem.
Aleluia / Daniel 7.14
Aleluia, aleluia. ℣.Seu poder é um poder eterno, que não Lhe será tirado; e seu Reino nunca haverá de perecer. Aleluia.
& Evangelho segundo São João 18. 33-37
Proclamação solene da Palavra de Deus. Ponto culminante desta primeira parte da Missa, a leitura ou canto do Evangelho, é revestida da maior solenidade. O respeito para com ele, exige seja escutado de pé.
Naquele tempo, disse Pilatos a Jesus: És tu o Rei dos judeus? Respondeu Jesus: Dizes isso por ti mesmo ou foram outros que to disseram de mim? Respondeu Pilatos: Sou eu, por ventura, judeu? Tua gente e os pontífices Te entregaram a mim. Que fizeste pois? Respondeu Jesus: Meu Reino não é deste mundo. Se o meu Reino fosse deste mundo, meus servos pelejariam, para que eu não fosse entregue aos judeus: porém, agora meu Reino não é daqui. Disse-Lhe, então, Pilatos: Logo, Tu és Rei? Respondeu Jesus: Tu dizes: Eu sou Rei. Eu para isto nasci e para isto vim ao mundo, a fim de dar testemunho à verdade. Todo aquele que é da verdade, ouve a minha voz.
Pregação
Divulgação:
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.
Ofertório / Salmo 2.8
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das oferendas, canto de procissão, oração sobre as oblatas.
Pede-me, e eu te darei as nações por tua herança, e estenderei o teu domínio até os limites da Terra.
Secreta
É a antiga "oração sobre as oblatas", ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.
Nós Vos oferecemos, Senhor, a hóstia para reconciliação dos homens, pedindo-Vos que Aquele que no presente Sacrifício imolamos, conceda a todas as nações os Dons da união e da paz, Jesus Cristo, vosso Filho, Nosso Senhor, que, sendo Deus, convosco vive e reina.
Communio / Salmo 28. 10-11
Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão dos fiéis.
Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
O Senhor se assentará como Rei eternamente; o Senhor abençoará o seu povo com a paz.
Postcommunio
Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Havendo recebido o Alimento da imortalidade, Vos suplicamos, Senhor, que, gloriando-nos de combater sob o estandarte de Cristo-Rei possamos reinar com Ele, na celestial mansão. Ele que, sendo Deus, convosco vive e reina.
Meditação
Festa de Cristo Rei
1 — A liturgia de hoje é um verdadeiro hino triunfal em honra da Realeza de Cristo. Desde as primeiras Vésperas da festa, a figura de Jesus apresenta-se majestosa, sentada no trono real que domina todo o mundo: «O Seu reino é um reino sempiterno; todos os reis O hão de servir e Lhe hão de obedecer. Assentar-se-á e dominará e anunciará paz aos povos». A Missa principia com a visão apocalíptica deste Rei singular, cuja realeza está intimamente ligada à Sua imolação pela salvação dos homens: «Digno é o cordeiro que foi imolado, de receber o poder e a divindade, a sabedoria e a força e a honra. A Ele a glória e o império pelos séculos dos séculos» (Intr.).
Na Epístola (Col. 1, 12-20), S. Paulo enumera os títulos que fazem de Cristo o Rei de todos os reis. «Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criatura; porque nEle foram criadas todas as coisas nos Céus e na Terra, as visíveis e as invisíveis». Estes títulos pertencem a Cristo como Deus, imagem perfeita do Pai, causa exemplar de todas as criaturas terrestres e celestes e também como Criador, juntamente com o Pai e o Espírito Santo, de tudo quanto existe, de modo que nada existe sem Ele, mas «tudo foi criado por Ele e para Ele... e todas as coisas subsistem por Ele». Seguem-se os títulos da Sua realeza como homem: «Ele é a cabeça do Corpo da Igreja ... e foi do agrado de Deus que por Ele fossem reconciliadas conSigo todas as coisas, pacificando-as pelo Sangue da Sua Cruz». Sendo já nosso Rei pela Sua divindade, é-o igualmente em virtude da Sua Encarnação, que O constituiu Cabeça da humanidade e também pela Sua Paixão, mediante a qual reconquistou as nossas almas, que já Lhe pertenciam como criaturas, à custa do Seu Sangue. Jesus é nosso Rei no sentido mais amplo da palavra: criou-nos, remiu-nos, vivifica-nos com a Sua graça, alimenta-nos com a Sua carne e com o Seu Sangue, governa-nos com o Seu amor e através do amor atrai-nos para Si. Em face de tais considerações, brota espontaneamente do nosso coração o grito de S. Paulo: «Demos graças a Deus Pai... que nos livrou do poder das trevas e nos transferiu para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a Redenção, a remissão dos pecados».
2 — No Evangelho do dia (Jo. 18, 33-37), temos a mais autorizada proclamação da Realeza de Cristo, pois saiu dos Seus próprios lábios, num momento soleníssimo, no processo que precedeu a Sua Paixão. Pilatos interroga-O precisamente a este respeito: «Tu és o rei dos Judeus? A esta primeira pergunta Jesus não responde diretamente; Ele, com efeito, não é rei de um povo determinado e o Seu reino nada tem que ver com os reinos da Terra. Mas à segunda pergunta, mais exata que a primeira: «Logo, tu és rei? », responde sem reticências: «Tu o dizes, sou rei». Jesus declara a Sua realeza do modo mais formal, diante da suprema autoridade da Palestina e declara-a não no meio de um povo que aplaude, nem no meio do triunfo dos Seus milagres, mas preso com cadeias, diante daquele que está para O condenar à morte, na presença de um povo sedento do Seu sangue, poucos momentos antes de ser arrastado para o Calvário onde, no alto da Cruz, acima da Sua cabeça coroada de espinhos, aparecerá pela primeira vez o título da sua realeza: «Jesus Nazareno, Rei dos Judeus» (Jo. 19, 19). Ele, que fugira quando as turbas entusiasmadas O queriam fazer seu rei, proclama-Se rei no meio das inauditas humilhações da Paixão, afirmando assim claramente que o Seu reino não é deste mundo, que a Sua realeza é tão sublime que nenhum vitupério, nenhum ultraje a pode ofuscar. Mas com este gesto, Jesus diz-nos também que gosta muito mais de fazer resplandecer a Sua realeza sob o aspecto de conquista realizada à custa do Seu Sangue, do que sob um título que Lhe pertence em virtude da Sua natureza divina.
Com todo o ímpeto da nossa alma, devemos ir ao encontro deste Rei divino que Se nos apresenta sob um aspecto tão humano, tão amoroso, tão acolhedor, deste Rei divino que estende os Seus braços sobre a Cruz, a fim de a todos nós atrair a Si, que nos mostra a chaga do lado como símbolo do Seu amor. Não somente não queiramos fugir ao Seu império, mas peçamo-lo, solicitemo-lo, para que Ele tenha o primado na nossa mente e no nosso coração, para que exerça um pleno domínio sobre a nossa vontade; nós, com tudo o que temos, queremos sujeitar-nos «ao Seu suavíssimo império» (Colecta).
Extraído do Livro Intimidade Divina­ — P. Gabriel de Santa Maria Madalena O.C.D.
Segunda edição (Traduzida da 12ª edição italiana) — 1967.

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