sábado, 12 de abril de 2014

Dóminus 144


Dóminus "O Senhor"

Dóminus eletrônico ­- Ano 3 - Edição nº 144

X Domingo da Paixão

Domingo de Ramos

13 de abril de 2014.


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     Ó Jesus, quero seguir-Vos no Vosso triunfo para Vos acompanhar depois até ao Calvário.

     A Santa Missa é transmitida todos os Domingos, às 8 horas da manhã, pela Rádio Bom Jesus AM.


Intróito / Salmo 21. 20, 22, 2

    O Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.

     Canto solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia. Compunha-se antigamente duma antífona e de um salmo, que se cantava por inteiro. Hoje o salmo está reduzido a um só versículo.

  Senhor, não afasteis de mim o vosso auxílio; atendei à minha defesa; livrai-me da boca do leão, e do chifre do unicórnio, salvai a minha humildade. Sl. Ó Deus, Deus meu, olhai para mim. Por que me desemparaste? O clamor de meus delitos afasta de mim a salvação. — Senhor, não afasteis.

Oração (Colecta)

    Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.

     Numa breve oração, o celebrante resume e apresenta a Deus os votos de toda a assembleia, votos estes sugeridos pelo mistério ou solenidade do dia.

  Onipotente e eterno Deus, que quisestes assumisse o nosso Salvador a nossa carne e sofresse o suplício da Cruz, para que o gênero humano imitasse o exemplo de sua humildade, concedei-nos, propício, pratiquemos as lições de sua paciência e mereçamos participar de sua Ressurreição. Pelo mesmo Jesus Cristo.

& Epístola de São Paulo Apóstolo aos Filipenses 2. 5-11

     Leitura ordinariamente extraída das epístolas ou cartas dos Apóstolos; daí o seu nome. Algumas há tiradas dos escritos do Antigo Testamento. As epístolas do ano litúrgico formam um conjunto doutrinal de alto valor para a vida cristã.

  Irmãos: Tende em vós os mesmos sentimentos que teve Jesus Cristo, que, sendo Deus por natureza, não reputou usurpação ser igual a Deus. E aniquilou-se a Si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens e sendo reconhecido como homem pela aparência. Humilhou-se a Si mesmo, feito obediente até a morte, e morte de Cruz. Por isso também Deus O exaltou e Lhe deu um Nome [novo] que está acima de todo nome (aqui todos se ajoelham), a fim de que ao Nome de Jesus se dobrem os joelhos de todos aqueles que estão nos céus, na terra e nos infernos, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor na Glória de Deus Pai.

Gradual / Salmo 72. 24, 1-3

     Cantos, por via de regra, tirados dos Salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.

  Segurais a minha mão direita e segundo a vossa vontade me conduzis e me acolheis com glória. . Como é bom o Deus de Israel para os que são retos de coração! Todavia, quase os meus pés resvalaram; pouco faltou para se transviarem os meus passos; porque tive inveja dos ímpios, vendo a paz dos pecadores.

Tracto / Salmo 21. 2-9, 18-32

     Cantos, por via de regra, tirados dos salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.

     No Tempo da Septuagésima, o Alleluia é substituído pelo Tracto.

  Ó Deus, Deus meu, olhai para mim; por que me desamparastes? . O clamor dos meus pecados afasta de mim a salvação. . Meu Deus, clamo de dia e não me respondeis; de noite e não tenho sossego. . Mas Vós, no santuário habitais, Louvor de Israel. . Em Vós esperaram os nossos pais, esperaram e Vós os livrastes. . A Vós clamaram, e foram salvos; em Vós esperaram e não foram confundidos. . Eu, porém, sou verme, e não homem; opróbrio dos homens e abjeção da plebe. . Todos os que me veem zombam de mim, e, meneando a cabeça, dizem: . Esperou no Senhor, Ele o livre, salve-o agora, pois que o ama. . Eles estão me vendo, e atentam em mim; dividem entre si as minhas vestes, e sobre a minha túnica lançam a sorte. . Livrai-me da boca do leão, e dos chifres do unicórnio, salvai minha humildade. . Vós que temeis o Senhor, louvai-O: e vós todos que sois da raça de Jacó, glorificai-O. . Do Senhor se falará à geração vindoura; e os céus anunciarão a sua justiça. . Ao povo que nascerá, e que o Senhor criou.

& Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo

segundo São Mateus 26. 36-75; 27. 1-60

No Getsemani. A agonia e a oração.

 N aquele tempo, dirigiu-se então Jesus com eles a um horto chamado Getsemani, e ali disse a seus discípulos: Sentai-vos aqui enquanto eu vou adiante a orar. E levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. E disse-lhes então: Minha alma está triste até a morte: ficai aqui e velai comigo. Adiantando-se um pouco, prostrou-se, com a face por terra, e orou, dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; contudo, não seja como eu quero, e sim como Tu queres. Voltando a seus discípulos, achou-os a dormir, e disse a Pedro: Assim, não pudestes velar uma hora comigo? Vigiai e orai para não cairdes em tentação. O espírito em verdade está pronto, mas a carne é fraca. Retirando-se outra vez, orou, dizendo: "Meu Pai, se não pode este cálice passar sem que eu o beba, faça-se a tua vontade". Indo novamente a eles achou-os a dormir, porque os seus olhos estavam pesados de sono. E deixando-os, foi-se de novo e orou pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras. Então, veio a seus discípulos e disse-lhes: Dormi agora e repousai; eis que chegou a hora em que o Filho do homem será entregue às mãos dos pecadores. Levantai-Vos. Vamos, eis que se aproxima quem me trairá.

Prisão de Jesus.

    Enquanto Ele falava, eis que chega Judas, um dos doze, e com ele uma grande multidão com espadas e paus, enviada pelos príncipes dos sacerdotes e anciãos do povo. Ora, o que O traía lhes tinha dado um sinal, dizendo: Aquele que eu beijar, Esse é; prendei-O.  E logo, chegando-se a Jesus, disse: Salve, Mestre! E beijou-o. Disse Jesus: Amigo a que vieste? Então os outros avançaram, agarraram a Jesus e o prenderam. E logo um dos que estavam com Jesus [Pedro], estendendo a mão, desembainhou a sua espada e feriu o servo do príncipe dos sacerdotes, cortando-lhe uma orelha. Então Jesus lhe disse: Mete a tua espada em seu lugar; porque todos que tomarem a espada, à espada morrerão. Acaso pensas que não poderia rogar a meu Pai, que me enviasse agora mais de doze legiões de Anjos [72.000]? Como, pois, se cumpririam as Escrituras, que dizem que assim deve suceder? Naquela mesma hora Jesus disse às turbas: Como se eu fora um ladrão, viestes armados de espadas e varapaus para me prender; todos os dias estava sentado entre vós, ensinando no templo, e não me prendestes. Tudo isto, porém, aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos Profetas. Então, todos os discípulos abandonando-O, fugiram.

Jesus conduzido à presença do Sumo Sacerdote.

    Aqueles, porém, que haviam prendido a Jesus, O levaram a Caifás, príncipe dos sacerdotes, onde os escribas e anciãos se haviam reunido. Pedro, no entanto, O foi seguindo de longe, até o pátio do príncipe dos sacerdotes. E entrando sentou-se com os criados para ver o fim. Os príncipes dos sacerdotes e todo o conselho buscavam algum falso testemunho contra Jesus, para O poderem condenar à morte, mas não o achavam, ainda que muitas testemunhas falsas se houvessem apresentado. Finalmente, vieram duas falsas testemunhas e disseram: Este disse: Eu posso derribar o templo de Deus, e reedificá-lo em três dias. E levantando-se, o príncipe dos sacerdotes disse-Lhe: Nada respondes ao que estes dizem contra Ti? Jesus, porém, calava-se. E o príncipe dos sacerdotes disse-Lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo, que nos digas se és o Cristo, o Filho de Deus. Disse-lhe Jesus. Sim eu sou. Digo-vos, porém, que de ora em diante vereis o Filho do Homem sentado à direita do poder de Deus, e vindo sobre as nuvens do céu. Então o príncipe dos sacerdotes rasgou as suas vestes, dizendo: Blasfemou. Para que necessitamos ainda de testemunhas? Eis que agora ouvistes a sua blasfêmia. Que vos parece? Responderam eles: É réu de morte. E cuspiram no rosto de Jesus e Lhe deram punhadas. E outros Lhe deram bofetadas, dizendo: Adivinha, ó Cristo, quem foi que te bateu.

Negação de Pedro.

    Pedro estava sentado fora, no pátio. E chegou-se a ele uma criada, dizendo: Tu também estavas com Jesus, o Galileu. Ele negou, no entanto, diante de todos, dizendo: Não sei o que dizes. Saindo ele à porta, viu-o outra criada e disse: aos que aí se achavam: Também este estava com Jesus Nazareno. E Pedro negou outra vez com juramento: Não conheço o homem. Pouco depois, aproximaram-se os que ali estavam, e disseram a Pedro: Certamente tu és também deles: porque a tua fala te dá a conhecer. Então começou ele a fazer imprecações e a jurar que não conhecia tal homem. E logo o galo cantou. Lembrou-se, então, Pedro da palavra de Jesus que lhe dissera: Antes que o galo cante, negar-me-ás três vezes. E, saindo, chorou amargamente.

Conselho do Sinédrio. Jesus é entregue a Pilatos.

    Logo ao amanhecer, fizeram conselho todos os príncipes dos sacerdotes e anciãos do povo, contra Jesus para O condenarem à morte. E levando-O amarrado, eles O entregaram ao governador Pôncio Pilatos.

Desespero e suicídio de Judas.

    Quando Judas, que O traíra, viu que Jesus fora condenado, cheio de arrependimento foi levar as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos, dizendo: Pequei, traindo o sangue inocente. Eles, porém, responderam: Que nos importa? Arranja-te. E ele, jogando os dinheiros no templo, retirou-se e foi enforcar-se com uma corda. Os príncipes dos sacerdotes, tomando então as moedas de prata, disseram:  Não é lícito pô-las no cofre das ofertas, porque é preço de sangue. E deliberaram entre si, comprar com elas o campo de um oleiro, para sepultura dos peregrinos. Por isso chamou-se aquele campo Hacéldama, isto é, campo de sangue, até o dia de hoje. Assim se cumpriu o que fora dito pelo profeta Jeremias, nestas palavras: Tomaram as trinta moedas de prata, custo d'Aquele cujo preço foi avaliado pelos filhos de Israel, e as deram pelo campo de um oleiro, como o Senhor me ordenou.

Jesus na presença de Pilatos.

    E compareceu Jesus diante do governador, que O interrogou desse modo: És tu o Rei dos judeus? Disse-Lhe Jesus: Sim, eu o sou. E sendo acusado pelos príncipes dos sacerdotes e anciãos, nada respondeu. Então Pilatos disse-Lhe: Não ouves quantas coisas dizem as testemunhas contra Ti? E Jesus a nada respondeu, de maneira que o governador se admirava em extremo. Naquele dia solene costumava o governador soltar um preso ao povo, qualquer que quisessem. E havia, então, um preso afamado, chamado Barrabás. Pilatos disse, pois, à multidão reunida: Qual dos dois quereis que vos solte: Barrabás ou Jesus, que se chama o Cristo? Por que sabia que por inveja é que O haviam entregado. Estando ele assentado no tribunal, sua mulher mandou lhe dizer: Não te embaraces com esse Justo, porquanto muito sofri hoje em sonhos, por causa dEle. Mas os príncipes dos sacerdotes e os anciãos persuadiram às turbas que pedissem Barrabás, e fizessem morrer a Jesus. O governador, respondendo, disse-Lhes: Qual destes dois quereis que vos solte? E eles responderam Barrabás. Pilatos lhes disse: Que farei, pois, de Jesus que se chama o Cristo? Disseram todos: Seja crucificado. O governador lhes observou ainda: Que mal fez Ele no entanto? E eles ainda mais gritavam, dizendo: Seja crucificado. Pilatos, vendo que nada conseguia e antes crescia o tumulto, mandou vir água e lavou as mãos diante do povo, dizendo: Eu sou inocente do sangue deste Justo; vede-o, vós outros. Respondendo, todo o povo disse: Caia seu sangue sobre nós e sobre os nossos filhos. E logo Pilatos soltou-lhes Barrabás e entregou-lhes Jesus, depois de O açoitar, para ser crucificado.

Jesus ultrajado e coroado de espinhos.

    Então os soldados do governador levaram Jesus ao pretório e reuniram em redor d'Ele toda a coorte; despindo-O, eles O cobriram com um manto de púrpura; e tecendo uma coroa de espinhos, puseram-na sobre a sua cabeça; e meteram uma cana em sua mão direita. Ajoelhando diante d'Ele, escarneciam, dizendo: Salve, Rei dos judeus! E cuspindo n'Ele, tomavam a cana e Lhe batiam na cabeça. E depois que zombaram d'Ele, tiraram-Lhe o manto, e O vestiram com os seus vestidos, levando-O para ser crucificado.

A caminho do Calvário.

    Ao sair, encontraram um homem de Cirene, por nome Simão, ao qual forçaram a levar a cruz de Jesus. E chegaram ao lugar que se chama Gólgota, isto é, lugar do Calvário. Deram-Lhe, então, a beber vinho misturado com fel; mas Jesus, provando-o não o quis beber.

Crucifixão.

    Depois O crucificaram, e repartiram os seus vestidos, lançando a sorte, para que se cumprisse o que fora predito pelo profeta nestas palavras: Dividiram entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica, lançaram sortes. E assentando-se, eles O vigiavam. E puseram sobre a sua cabeça a causa da sua morte. Assim escrita: Este é Jesus, Rei dos judeus. Juntamente com Ele, foram crucificados dois ladrões, um à direita e outro, à esquerda.

Jesus pregado na Cruz.

    E os que passavam, blasfemavam contra Ele, meneando a cabeça e dizendo: Tu que destróis o templo de Deus e em três dias o reedificas, salva-Te a Ti mesmo. Se és o Filho de Deus, desce da cruz. Da mesma forma também os príncipes dos sacerdotes com os escribas e anciãos, zombando d'Ele, diziam: A outros salvou: a Si mesmo não se pode salvar. Se é o Rei de Israel, desça agora da cruz, e n'Ele havemos de crer. Confiou em Deus; livre-o Esse agora, se O ama, porque disse: Sou o filho de Deus. E os mesmos impropérios Lhe lançavam em rosto os ladrões que com Ele estavam crucificados.

Últimos instantes e morte de Jesus.

    E desde a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra, até a hora nona. [Das doze às quinze horas.] E perto da hora nona, clamou Jesus em voz alta, dizendo: Eli, Eli, lamma sabactháni? Isto é: meu Deus, meu Deus por que me abandonaste? E alguns dos que ali estavam ouvindo-O diziam: Ele chama por Elias. E logo, um deles, a correr, tomou uma esponja, e ensopando-a em vinagre, colocou-a em uma cana e Lhe dava a beber. E os outros diziam: Deixa, vejamos se Elias vem para O livrar. E Jesus, clamando outra vez em voz forte, entregou o espírito.

aqui todos se ajoelham em honra da morte de Nosso Senhor.

Depois da morte de Jesus.

    E eis que o véu do templo se rasgou em duas partes, de alto a baixo. A terra tremeu, as pedras se fenderam, os sepulcros se abriram e muitos corpos dos santos, que tinham adormecido, ressuscitaram. E, saindo dos sepulcros depois de sua ressurreição, vieram à cidade santa e apareceram a muitos. O centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto e as coisas que aconteciam, tiveram muito medo e disseram: Verdadeiramente Este era o Filho de Deus. Achavam-se também ali, olhando de longe, muitas mulheres, as quais, desde a Galiléia, haviam seguido a Jesus, servindo-O. Entre estas estavam Maria Madalena e Maria, Mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu.

Sepultura de Jesus.

    Quando se fez tarde, veio um homem rico de Arimatéia, chamado José, que também era discípulo de Jesus. Ele foi ter com Pilatos e pediu- lhe o corpo de Jesus. Pilatos ordenou, então, que lhe dessem o Corpo. E José, tomando o Corpo, envolveu-O em um lençol limpo, e depositou-O em um sepulcro novo que mandara abrir para si, na rocha. E encostando uma grande pedra à entrada, do sepulcro, retirou-se. Permaneciam, porém, ali, Maria Madalena e a outra Maria, assentadas de fronte do sepulcro.

              Pregação – Divulgação Blog: http://dominuseletronico.blogspot.com.br

                CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.

     Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.

Ofertório / Salmo 68. 21-22

    Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.

     Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito. Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das oferendas, canto de procissão, oração sobre as oblatas.

  Meu coração só aguarda impropérios e miséria; esperei que alguém se entristecesse comigo, e ninguém houve; procurei quem me consolasse e não encontrei; por alimento eles me deram fel, e em minha sede, com vinagre me abeberaram.

Secreta

     É a antiga "oração sobre as oblatas", ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.

     É neste último que se faz propriamente a oblação do sacrifício.

  Concedei, Senhor, Vos pedimos, que o dom oferecido aos olhos de vossa Majestade nos obtenha a graça da submissão e a recompensa de uma feliz eternidade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Communio / Mateus 26. 42

     Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão dos fiéis.

     Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.

  Pai, se este cálice não pode passar de mim sem que eu o beba, faça-se a tua vontade.

Postcommunio

     Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.

  Fazei, Senhor, que pela ação deste Mistério, sejam expiados os nossos vícios e cumpridos os nossos justos desejos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Meditação

O Triunfo de Jesus

    1 — A Semana Santa começa com a lembrança da entrada triunfal do Senhor em Jerusalém, no domingo que precede a Sua Paixão. Jesus, que sempre Se tinha oposto a toda a manifestação pública e que fugira quando as multidões quiseram fazê-lo rei (cfr. Jo. 6,15), deixa-Se hoje levar em triunfo. Só agora, que Se dirige para a morte, aceita ser aclamado publicamente como Messias porque, morrendo sobre a cruz, será de um modo mais pleno, o Messias, o Redentor, o Rei, o Vencedor. Aceita ser reconhecido como Rei, mas um Rei que reinará pela cruz, que triunfará e vencerá por meio da morte de cruz. A mesma multidão exultante que hoje O aclama, O amaldiçoará dentro de poucos dias e O conduzirá ao Calvário; assim, o triunfo de hoje dará mais publicidade e realce à Paixão de amanhã.

    Jesus entra triunfalmente na cidade santa, mas é para aí sofrer, para morrer. Isto explica o duplo significado da Procissão dos Ramos: não se trata só de acompanhar Jesus em triunfo, mas de O acompanhar à Paixão, prontos a partilhá-la com Ele, procurando segundo a exortação de S. Paulo (Ep. Fil. 2,5-11), fazer nossos os sentimentos de Jesus, sentimentos de humildade e de imolação total que nos devem conduzir como Ele e com Ele «até à morte e morte de cruz». As palmas, os ramos de oliveira bentos que hoje nos entrega o sacerdote, não têm só um significado festivo, mas «simbolizam a vitória que Jesus alcançará sobre o príncipe da morte» (MR.). Devem significar também a nossa vitória; também nós devemos merecer a palma da vitória, vencendo primeiro o mal que existe em nós, nas nossas más tendências e depois o mal que está à nossa volta. Quando recebermos o ramo bento renovemos a nossa promessa de querer vencer com Jesus, mas não nos esqueçamos de que Ele venceu sobre a cruz.

    2 — Jesus consente em ser levado em triunfo, mas como é humilde e manso no Seu triunfo! Ele sabe que no meio do povo gritando hosanas se escondem os Seus inimigos que, com malignas insinuações, conseguirão converter aqueles «hosanas» em «crucifige»; sabe-o e podia impor-Se-lhes com o poder da Sua divindade, podia desmascará-los publicamente, frustrando os seus planos. Jesus não quer vencer e reinar pela força, mas pelo amor, pela doçura. Muito a propósito nota o Evangelista: «Dizei a filha de Sião: Eis que o Teu rei vem a ti, manso, montado sobre um jumento» (Mt. 21,15). Com esta mesma mansidão, Ele, o inocente, o único verdadeiro Rei e Vencedor, consentirá em aparecer como um réu, condenado e vencido, como um rei de comédia. E assim atrairá tudo a Si, quando for levantado sobre a cruz.

    Enquanto o cortejo prossegue triunfante, Jesus vê desenhar-Se a Seus pés o panorama de Jerusalém. E — nota S. Lucas (19, 41-44) — «quando chegou perto, ao ver a cidade, chorou sobre ela, dizendo: 'Se ao menos neste dia tu conhecesses ainda o que te pode trazer a paz!... Os teus inimigos não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não conheceste o tempo da tua visita». Jesus chora a obstinação da cidade santa que, por não O ter reconhecido como Mestre, por não ter aceitado o Seu Evangelho, será destruída pela raiz.  Jesus é verdadeiro Deus, mas é também verdadeiro homem e, como tal, vibra de comoção e de dor pela triste sorte que Jerusalém preparou para si com a sua obstinada resistência à graça. Ele já caminha para a Paixão e morrerá também pela salvação de Jerusalém; contudo Jerusalém não será salva porque não quis, «porque não conheceu o tempo da Sua visita». É esta a história de tantas almas que resistem à graça, é este o motivo do sofrimento mais profundo e mais íntimo do coração dulcíssimo de Jesus. Ao menos tu, alma piedosa, dá ao Senhor a alegria de te ver aproveitar plenamente os méritos da Sua dolorosíssima Paixão, de todo o Seu Sangue derramado. Quando resistes aos convites da graça, resistes à Paixão de Jesus e impedes que ela te seja aplicada em toda a Sua plenitude.
Extraído do Livro Intimidade Divina­ — P. Gabriel de Santa Maria Madalena O.C.D.

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