«Liturgia Dominical»
Ano 9 – nº 499 – 16 de agosto de 2020
Ano 9 – nº 499 – 16 de agosto de 2020
† 11º Domingo depois
de Pentecostes
verde – 2a. classe.
Solenidade da Assunção
Celebramos hoje a maior festa em honra de Nossa
Senhora. É a comemoração da morte e da gloriosa Assunção de Maria Santíssima ao
céu.
Alegremo-nos com a sua entrada triunfal e coroação
como Rainha dos Anjos e dos Santos. Estes diferentes aspectos da festa inspiraram
os vários textos de que se compõe a Missa de hoje. O Evangelho talvez fosse unicamente
escolhido por causa das últimas palavras, que tão bem se podem aplicar a Nossa
Senhora: «Maria escolheu a melhor parte». Reuniu em si mesma como Esposa, Mãe e
Virgem, as virtudes de Marta e Maria. Humilde serva de Deus, ela é o mais
perfeito exemplo de vida ativa e contemplativa.
No dia 1º de novembro de 1950, Pio XII definia o
dogma da Assunção. Proclamava assim solenemente que a crença segundo a qual a
Santíssima Virgem Maria ao terminar a sua vida terrestre, foi elevada em corpo
e alma para a glória do Céu, faz realmente parte do depósito da fé recebida dos
Apóstolos. «Bendita entre todas as mulheres» em razão da sua maternidade
divina, a Virgem imaculada que tivera desde a sua Conceição o privilégio de ser
isenta do pecado original, não devia jamais conhecer a corrupção do túmulo.
Avisos Paroquiais
Teremos
5 (cinco) Santas Missas para o cumprimento do preceito dominical: Sábado às
19h; Domingo às 6h, 8h, 16h e 19h.
Serão
transmitidas pelas redes sociais, a Santa Missa das 8h (via Facebook, YouTube e
Rádio Bom Jesus AM 1170 Khz) e a das 19h (via Facebook e YouTube).
Divulgação:
(Transmissão ao Vivo - Santa Missa 8h e 19h)
(Transmissão ao Vivo - Santa Missa 8h e 19h)
Intróito
/ SIGNUM
MAGNUM — Apocalipse 12. 1; Salmo 97. 1
O
Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.
Canto solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da
Missa ou solenidade do dia. Compunha-se antigamente duma antífona e de um
salmo, que se cantava por inteiro. Hoje o salmo está reduzido a um só
versículo.
Signum magnum appáruit in cælo:
múlier amicta sole, et luna sub pédibus eius, et in cápite eius coróna
stellárum duódecim. Ps. Cantáte Dómino cánticum novum: quóniam mirabília fecit.
℣. Glória Patri.
Um grande sinal apareceu no Céu: uma mulher vestida de sol, tendo a lua
debaixo dos seus pés, e na cabeça uma coroa de doze estrelas. Sl. Cantai ao
Senhor um cântico novo, porque Ele operou maravilhas. ℣. Glória ao
Pai.
Oração
(Colecta)
Pedimos
ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
Numa breve oração, o celebrante resume e apresenta a Deus os votos de
toda a assembleia, votos estes sugeridos pelo mistério ou solenidade do
dia.
Omnípotens sempitérne Deus, qui Immaculátam Vírginem Maríam, Fílii tui
genitrícem, córpore et ánima ad cæléstem glóriam assumpsísti: concéde,
quǽsumus; ut, ad superna semper inténti, ipsíus glóriæ mereámur esse consórtes.
Per eundem Dominum nostrum Iesum Christum.
Commemoratio Dominicæ
XI post Pentecosten
Omnípotens sempitérne Deus, qui, abundántia pietátis tuæ, et mérita
súpplicum excédis et vota: effúnde super nos misericórdiam tuam; ut dimíttas
quæ consciéntia métuit, et adícias quod orátio non præsúmit. Per Dominum
nostrum Iesum Christum.
Ó Deus onipotente e sempiterno, que arrebatastes à glória do Céu em corpo
e alma a Imaculada Virgem Maria, Mãe do vosso Filho, concedei, nós Vos pedimos,
que, preocupando-nos sempre com as coisas do alto, mereçamos ser participantes
da sua glória. Pelo mesmo Nosso Senhor Jesus Cristo.
Comemoração
do 11º Domingo depois de Pentecostes
Ó Deus, eterno e onipotente, que
pela abundância de Vossa bondade excedeis os méritos e os desejos dos
suplicantes, derramai sobre nós a Vossa misericórdia; perdoai o que a nossa
consciência teme, e acrescentai o que não ousamos pedir. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo.
Epístola extraída do livro de Judite 13. 22-25; 15. 10
Judite salvando o seu povo é uma figura de Maria. Retomando o elogio de
Judite para o dirigir a Maria, a Igreja sublinha o seu alcance profético; é
próprio da linguagem bíblica poder evocar em todas as suas perspectivas as
grandes obras divinas.
Benedíxit te Dóminus in virtúte sua, quia per te ad níhilum redégit
inimícos nostros. Benedícta es tu, fília, a Dómino Deo excelso, præ ómnibus
muliéribus super terram. Benedíctus Dóminus, qui creávit cælum et terram, qui
te direxit in vúlnera cápitis príncipis inimicórum nostrórum; quia hódie nomen
tuum ita magnificávit, ut non recédat laus tua de ore hóminum, qui mémores
fúerint virtútis Dómini in ætérnum, pro quibus non pepercísti ánimæ tuæ propter
angústias et tribulatiónem géneris tui, sed subvenísti ruínæ ante conspéctum
Dei nostri. Tu glória Ierúsalem, tu lætítia Israël, tu honorificéntia pópuli nostri.
22O Senhor abençoou-te com a sua fortaleza, pois que, por teu intermédio,
reduziu a nada os nossos inimigos. 23Abençoada és tu, minha filha, pelo Senhor, o Deus
altíssimo, entre todas as mulheres da terra. 24Bendito seja o Senhor, criador do céu e da
terra, que te levou a cortares a cabeça do chefe dos nossos inimigos. 25De tal maneira ele
hoje glorificou o teu nome, que o teu nome não desaparecerá da boca dos homens,
para sempre lembrados do poder do Senhor. Ao veres os sofrimentos e a amargura
do teu povo, não quiseste poupar a tua vida; antes nos salvaste da ruina, sob o
olhar protetor do nosso Deus: 10Tu és a glória de Jerusalém, a alegria de Israel, a
honra do nosso povo.
Gradual / Salmo 44. 11-14
Gradual e Aleluia, são cantos intercalares, por via de regra, tirados
dos salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da
Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.
Audi, fília, et vide, et inclína aurem tuam, et concupíscet Rex
pulchritúdinem tuam. ℣. Tota decóra ingréditur fília Regis, textúræ áureæ sunt amíctus ejus.
Ouve, minha filha, e vê, e inclina o teu ouvido, e cobiçará o rei a tua
beleza, a princesa real entra toda formosa e bela, de vestidos recamados de
ouro.
Aleluia
Allelúia, allelúia. ℣. Assumpta est María in cælum: gaudet exércitus Angelórum. Allelúia.
Aleluia, aleluia. ℣. Maria foi
levada ao Céu: alegra-se o exército dos Anjos. Aleluia.
Evangelho
segundo São Lucas 1. 41-50
Não há melhor cântico do que o Magnificat para celebrar, no dia do seu
triunfo, as grandezas de Maria; a Igreja recorda-nos as circunstâncias em que
Maria, num movimento de ação de graças inspirado pelo Espírito Santo, o
pronunciou.
In illo témpore: Repléta est Spíritu Sancto Elisabeth et exclamávit voce
magna, et dixit: Benedícta tu inter mulíeres, et benedíctus fructus ventris
tui. Et unde hoc mihi ut véniat mater Dómini mei ad me? Ecce enim ut facta
est vox salutatiónis tuæ in áuribus meis, exsultávit in gáudio infans in útero
meo. Et beáta, quæ credidísti, quóniam perficiéntur ea, quæ dicta sunt tibi a
Dómino. Et ait María: Magníficat ánima mea Dóminum; et exsultávit spíritus meus
in Deo salutári meo; quia respéxit humilitátem ancíllæ suæ, ecce enim ex hoc
beátam me dicent omnes generatiónes. Quia fecit mihi magna qui potens est, et
sanctum nomen eius, et misericórdia eius a progénie in progénies timéntibus
eum.
Naquele tempo: 41Isabel
foi cheia do Espirito Santo, 42e exclamou em voz forte, dizendo: «Bendita és tu entre
as mulheres e bendito o fruto do teu ventre. 43Como pude eu merecer a dita de vir até
mim a Mãe do meu Senhor! 44Na
verdade, apenas ouvi as palavras da tua saudação, o menino exultou de alegria
no meu seio! 45Tu,
sim, que és feliz, por teres acreditado que em ti se cumpriria o que te foi
dito da parte do Senhor!». 46Maria,
então, prorrompeu: «A minha alma glorifica ao Senhor, 47e o meu espirito
exulta de alegria em Deus, meu Salvador; 48porque, se dignou baixar os olhos para a
humilde condição da sua escrava, desde agora me chamarão bem-aventurada todas
as gerações: 49Porque
O que é Poderoso fez em mim grandes coisas, e o seu nome é santo; 50e a sua
misericórdia estende-se, através das idades, sobre todos os que O temem».
CREDO... Concluímos
a Ante-Missa com essa profissão de fé.
Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a
Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no
Batismo.
Ofertório
/ Gênesis
3. 15
Com
o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício
propriamente dito.
Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das oferendas,
canto de procissão, oração sobre as oblatas.
Inimicítias ponam inter te et mulíerem, et semen tuum et semen illíus.
Porei inimizades entre ti e a mulher, entre a tua e a sua geração.
Secreta
É a antiga «oração sobre as oblatas», ponto de ligação entre o Ofertório
e o Cânon.
Ascéndat ad te, Dómine, nostræ devotiónis oblátio, et, beatíssima Vírgine
María in cælum assumpta intercedénte, corda nostra, caritátis igne succénsa, ad
te iúgiter ádspirent. Per Dominum nostrum Iesum Christum.
Commemoratio
Dominicæ XI post Pentecosten
Réspice, Dómine, quǽsumus, nostram propítius servitútem: ut, quod
offérimus, sit tibi munus accéptum, et sit nostræ fragilitátis subsidium. Per
Dominum nostrum Iesum Christum.
Suba até Vós, Senhor, a oferta da nossa devoção, e, pela intercessão da
Santíssima Virgem Maria que subiu ao Céu, que os nossos corações, incendiados
no fogo da caridade, suspirem sempre por Vós. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Comemoração
do 11º Domingo depois de Pentecostes
Nós Vos pedimos, Senhor, olhai propício a nossa condição servil, a fim de
que a nossa oferta Vos seja agradável e sirva de amparo à nossa fraqueza. Por
Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio / Lucas 1. 48-49
Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar)
a comunhão dos fiéis.
Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e
recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
Beátam me dicent omnes generatiónes, quia fecit mihi magna qui potens est.
Todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque O que é Poderoso fez
em mim grandes coisas.
Postcommunio
Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Sumptis, Dómine, salutáribus sacraméntis: da, quǽsumus; ut, méritis et intercessióne
beátæ Vírginis Maríæ in cælum assúmptæ, ad resurrectiónis glóriam perducámur.
Per Dominum nostrum Iesum Christum.
Commemoratio
Dominicæ XI post Pentecosten
Sentiámus, quǽsumus, Dómine, tui perceptióne sacraménti, subsídium mentis
et córporis: ut, in utróque salváti, cæléstis remédii plenitúdine gloriémur.
Per Dominum nostrum Iesum Christum.
Tendo recebido, Senhor, os Sacramentos da salvação, concedei, nós Vos
pedimos, que, pelos méritos e intercessão da Santa Virgem Maria levada ao Céu,
sejamos conduzidos à glória da ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Comemoração
do 11º Domingo depois de Pentecostes
Fazei, Senhor, que pela recepção deste Sacramento, sintamos conforto na
alma e no corpo, e numa e noutro curados, possamos gozar da plenitude do
remédio celestial. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
Assunção de Nossa Senhora
Ó Maria elevada ao céu, purificai os meus sentidos para que eu aprenda,
já neste mundo, a saborear a Deus.
1 — A Virgem que hoje contemplamos elevada em corpo
e alma à glória do céu, recorda-nos de uma forma especial que a nossa morada
permanente não é na terra, mas no céu onde, juntamente com o seu divino Filho,
nos precedeu na plenitude da sua pessoa. É este o pensamento dominante da
liturgia de hoje: «Deus todo-poderoso e eterno — diz a oração do dia — que elevastes
à glória do céu, em corpo e alma, a Imaculada Virgem Maria, Mãe do Vosso Filho,
concedei-nos a graça de aspirarmos sempre às coisas do alto, para merecermos
compartilhar da sua glória». Sim, a festa da Assunção é para nós um poderoso
apelo a «aspirarmos sempre às coisas do alto», não nos deixando arrastar pelas
vicissitudes e ilusões da vida terrena. Não foi só a nossa alma que foi criada
para o céu: o corpo, depois da ressurreição da carne, também será acolhido nas
moradas celestiais e admitido a participar da glória do espírito. Esta completa
glorificação da nossa humanidade, que não só para nós, mas também para todos os
santos se efetuará no fim dos tempos, contemplamo-la hoje plenamente realizada
em Maria, nossa Mãe. Este privilégio convinha-lhe muito bem a Ela, a toda pura e
toda santa, cujo corpo nunca foi tocado pela sombra do mal, mas foi sempre
templo do Espírito Santo, e cujo seio virginal foi o tabernáculo do Filho de
Deus. E este privilégio incita-nos a elevar toda a nossa vida, não só a do
espírito, mas também a dos sentidos, ao nível da vida celestial que nos espera.
«Ó Mãe de Deus e Mãe dos homens — exclama Pio XII na sua belíssima oração à
Assunção — nós vos suplicamos que purifiqueis os nossos sentidos para que
aprendamos na terra a sentir a Deus, só a Deus, encantamento das criaturas».
2 — A Assunção de Maria Santíssima indica-nos o
itinerário da nossa ascensão espiritual: desprendimento da terra, impulso para
Deus, união com Deus.
A Virgem foi elevada aos céus em corpo e alma por
ser a Imaculada, a toda pura, isenta não só de toda a sombra de culpa, mas
ainda do menor apego às coisas da terra, que «nunca teve impressa na alma forma
de qualquer criatura, nem por ela se moveu» (J.C. S. III, 2, 10). A primeira condição para chegar a Deus é a pureza total, fruto do desapego
total. A Senhora, que viveu a nossa vida terrena num desprendimento absoluto de
todas as coisas criadas, ensina-nos a não nos deixarmos prender pelo encanto
das criaturas, mas a vivermos no meio delas, a ocuparmo-nos delas com muita
caridade, sim, mas sem prender a elas o coração, sem jamais procurar nelas a
nossa satisfação.
A Virgem da Assunção fala-nos do impulso para o
céu, para Deus. Não basta purificar o coração de todo o pecado e de todo o
apego; é preciso, ao mesmo tempo, lançá-lo para Deus, tender para Ele com todas
as nossas forças. «Senhor — faz-nos orar a Igreja na Missa do dia — que por
intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria elevada ao céu, os nossos corações,
abrasados no fogo da caridade, para Vós se dirijam constantemente» (Secreta). A
nossa vida terrena tem valor de vida eterna enquanto é impulso para Deus,
contínua busca dEle, contínua adesão à Sua graça; se este impulso diminuir,
diminui também o valor ultra terreno da nossa existência.
Maria foi elevada ao céu por ser a Mãe de Deus e
este seu máximo privilégio, origem e causa de todos os outros, evoca
especialmente a união íntima com Deus; a sua Assunção à união beatífica do céu
fala-nos também dessa união. A Assunção de Nossa Senhora confirma-nos,
portanto, nesta grande e doce verdade: fomos criados e chamados à união com
Deus. É a própria Virgem que nos estende a sua mão maternal para nos guiar e
nos levar a atingir tão alto ideal. Com os olhos fixos n'Ela, será mais fácil
caminhar: Ela será o nosso guia, a nossa força e consolação, em qualquer luta
e dificuldade.
Extraído do Livro Intimidade Divina —
P. Gabriel de Santa Maria Madalena O.C.D.
Segunda edição (Traduzida da 12ª edição italiana) — 1967
Segunda edição (Traduzida da 12ª edição italiana) — 1967
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