«Liturgia Dominical»
Ano 10 – nº 548 – 27 de
junho de 2021
† 5º Domingo depois de
Pentecostes
verde – 2a. classe.
Eis como eles se amam, foi dito em
louvor dos primeiros Cristãos. E não podia ser de outra forma, pois se sentiam
e eram membros de um só Corpo, que é Jesus Cristo. N'Ele amavam a Deus, o Pai
comum de todos, e n'Ele amavam-se uns aos outros. Este ideal de que viviam os
nossos antepassados é assim delineado e posto diante dos nossos olhos na Missa
destes dias, e é uma esplêndida introdução e uma preparação para o sacrifício
comum, o centro do serviço divino que a Comunidade cristã presta a seu Criador.
«deixa a tua oferenda diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão.» Ev.
Avisos Paroquiais
Teremos 8 (oito)
Santas Missas para o cumprimento do preceito dominical: no sábado às 19h, no
Domingo às 6h, 8h, 16h e 19h em nossa Igreja Matriz, às 10h na Capela de São
Brás em Sesmaria, às 10h Capela de Santo Antônio, em Córrego Seco e às 18h na Capela
de São José, em Serrinha.
Serão transmitidas pelas
redes sociais, a Santa Missa das 8h (via Facebook, YouTube e Rádio Bom Jesus AM
1170 Khz) e a das 19h (via Facebook e YouTube).
Redes Sociais:
Site – http://bomjesuscrucificado.org.br/
Facebook – https://www.facebook.com/ParoquiadoSenhorBomJesusCrucificado
(Transmissão ao Vivo – Santa Missa 8h e 19h)
YouTube – https://www.youtube.com/c/ParoquiadoSenhorBomJesusCrucificado
(Transmissão ao Vivo – Santa
Missa 8h e 19h)
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E–mail – bomjesuscrucificado@gmail.com
Intróito / EXÁUDI – Salmo 26. 7, 9, 1
O Intróito como que enuncia o
tema geral da Missa ou solenidade do dia.
Canto solene de entrada, o Introito como que enuncia o tema geral da
Missa ou solenidade do dia. Compunha-se antigamente duma antífona e de um
salmo, que se cantava por inteiro. Hoje o salmo está reduzido a um só
versículo.
Exáudi, Dómine, vocem meam, qua clamávi ad te:
adiútor meus esto, ne derelínquas me neque despícias me, Deus, salutáris meus.
Ps. Dóminus illuminátio mea et salus mea, quem timébo? ℣. Glória Patri.
Ouvi, Senhor, a minha voz, que Vos implora; e sede o meu auxílio;
não me abandoneis, nem me desprezeis, ó Deus, meu Salvador. Sl. O Senhor é
a minha Luz e a minha Salvação: a quem temerei? ℣. Glória ao Pai.
Oração (Colecta)
Pedimos
ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
«Nem os olhos viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração do homem pode
atingir aquilo que Deus tem preparado para os que O amam.»
Deus, qui diligéntibus te bona invisibília
præparásti: infúnde córdibus nostris tui amóris afféctum; ut te in ómnibus et
super ómnia diligéntes, promissiónes tuas, quæ omne desidérium súperant,
consequámur. Per Dóminum nostrum Iesum Christum.
Ó Deus, que preparastes bens invisíveis para os que Vos amam,
infundi em nossos corações profundo amor, para que, amando-Vos em tudo e acima
de tudo, alcancemos as vossas promessas que excedem a todos os desejos. Por
Nosso Senhor Jesus Cristo.
Epístola de
São Pedro I. 3. 8-15
A recompensa imediata da prática do bem e da caridade fraterna, é sentir
sobre si o olhar amoroso de Deus.
Caríssimi: Omnes unánimes in oratióne estóte,
compatiéntes, fraternitátis amatóres, misericórdes, modésti, húmiles: non
reddéntes malum pro malo, nec maledíctum pro maledícto, sed e contrário
benedicéntes: quia in hoc vocáti estis, ut benedictiónem hereditáte possideátis.
Qui enim vult vitam dilígere et dies vidére bonos, coérceat linguam suam a
malo, et lábia eius ne loquántur dolum. Declínet a malo, et fáciat bonum:
inquírat pacem, et sequátur eam. Quia óculi Dómini super iustos, et aures eius
in preces eórum: vultus autem Dómini super faciéntes mala. Et quis est, qui
vobis nóceat, si boni æmulatóres fuéritis? Sed et si quid patímini propter
iustítiam, beáti. Timórem autem eórum ne timuéritis: et non conturbémini.
Dóminum autem Christum sanctificáte in córdibus vestris.
Caríssimos: 8Sede todos perfeitamente unidos
na oração, compassivos, amantes de vossos irmãos, misericordiosos, modestos e
humildes. 9Não retribuais mal por mal, nem
injúria com injúria; mas pelo contrário, abençoai; pois, para isto sois
chamados, a fim de receberdes em herança a benção. 10Porque o que quer amar a vida1 e ver felizes dias, refreie a sua língua do mal, e não deixe que
os seus lábios profiram mentiras. 11Aparte-se
ele do mal e faça o bem; procure a paz, e nela prossiga, 12pois, os olhos do Senhor estão sobre
os Justos, e seus ouvidos, atentos às suas súplicas. O olhar irado do Senhor,
porém, ameaça os que praticam o mal2. 13Quem poderá prejudicar-vos, se
fordes zelosos no bem? 14E felizes
de vós mesmos, se padecerdes algo por amor da justiça. Deles não tenhais medo
nem vos perturbeis. 15Guardai, porém, o Cristo, o Senhor,
santo em vossos corações.
1. Isto é, achá-la doce e
amável.
2. Salmo 33.13-17
Gradual / Salmo 83. 10, 9
Gradual e Aleluia, são cantos intercalares, por via de regra,
tirados dos salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela
leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.
Protéctor noster, áspice, Deus, et réspice super
servos tuos. ℣. Dómine, Deus virtútum, exáudi preces servórum
tuórum.
Olhai para nós, ó Deus, nosso protetor, e atendei a vossos servos. ℣. Senhor,
Deus dos exércitos, ouvi as preces de vossos servos.
Aleluia / Salmo 20. 2
Allelúia, allelúia. ℣. Dómine, in virtúte tua lætábitur rex: et super
salutáre tuum exsultábit veheménter. Allelúia.
Aleluia, aleluia. ℣. Senhor,
o Rei se alegra com o vosso poder e grandemente exulta, porque Vós o salvastes.
Aleluia.
Evangelho segundo
São Mateus 5. 20-24
A exigência da caridade cristã estende-se às mais secretas intenções: às
disposições do coração. É preciso reconciliarmo-nos com nossos
irmãos, antes de nos reconciliarmos com Deus.
In illo témpore: Dixit Iesus discípulis suis: Nisi
abundáverit iustítia vestra plus quam scribárum et pharisæórum, non intrábitis
in regnum cælórum. Audístis, quia dictum est antíquis: Non occídes: qui autem
occíderit, reus erit iudício. Ego autem dico vobis: quia omnis, qui iráscitur
fratri suo, reus erit iudício. Qui autem díxerit fratri suo, raca: reus erit
concílio. Qui autem díxerit, fátue: reus erit gehénnæ ignis. Si ergo offers
munus tuum ad altáre, et ibi recordátus fúeris, quia frater tuus habet áliquid
advérsum te: relínque ibi munus tuum ante altáre et vade prius reconciliári
fratri tuo: et tunc véniens ófferes munus tuum.
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 20Se vossa justiça não vai além da
justiça dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino dos céus. 21Ouvistes o que foi dito aos
antigos: Não matarás; e quem matar, será réu em juízo. 22Eu, porém, vos digo: todo aquele que
se irar contra seu irmão, será levado a tribunal; e o que chamar a seu irmão:
raca3, será réu diante do Conselho. E o
que disser: louco, merece ser condenado ao fogo do inferno4. 23Portanto, se trouxeres a tua oferenda
ao altar, e te lembrares que o teu irmão tem contra ti alguma coisa, 24deixa a tua oferenda diante do altar,
e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e depois vem fazer a tua oblação.
3. Palavra aramaica que
significa: «cabeça oca».
4. A «geena», lugar de
sofrimento dos réprobos.
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com
essa profissão de fé.
Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a
Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no
Batismo.
Ofertório / Salmo 15. 7, 8
Com
o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das oferendas,
canto de procissão, oração sobre as oblatas.
Benedícam Dóminum, qui tríbuit mihi intelléctum:
providébam Deum in conspéctu meo semper: quóniam a dextris est mihi, ne
commóvear.
Bendirei o Senhor, que me deu a inteligência. Tenho a Deus continuamente
diante de minhas vistas; pois, está à minha destra, para que eu não vacile.
Secreta
É a antiga «oração sobre as oblatas», ponto de ligação entre o Ofertório
e o Cânon.
Propitiáre, Dómine, supplicatiónibus nostris: et has
oblatiónes famulórum famularúmque tuárum benígnus assúme; ut, quod sínguli
obtulérunt ad honórem nóminis tui, cunctis profíciat ad salútem. Per Dóminum
nostrum Iesum Christum.
Sede favorável, Senhor, às nossas súplicas, e recebei, benigno,
estas oblações de vossos servos e servas, a fim de que seja proveitoso para a
salvação de todos, o que cada um oferece para a glória de vosso Nome. Por
Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio / Salmo 26. 4
Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode
acompanhar) a comunhão dos fiéis.
Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e
recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
Unam pétii a Dómino, hanc requíram: ut inhábitem in
domo Dómini ómnibus diébus vitæ meæ.
Uma só coisa peço ao Senhor; e esta procuro: é habitar na casa do
Senhor todos os dias de minha vida.
Postcommunio
Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Quos cælésti, Dómine, dono satiásti: præsta,
quǽsumus; ut a nostris mundémur occúltis et ab hóstium liberémur insídiis. Per
Dóminum nostrum Iesum Christum.
Senhor, já nos saciastes com o Dom celestial; concedei, Vos pedimos,
sejamos purificados de nossos pecados ocultos, e livres das ciladas de nossos
inimigos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Meditação
Concórdia
Fraterna
Ó Senhor, ensinai-me a viver em perfeita harmonia com o próximo para que
as minhas orações e as minhas ofertas Vos sejam agradáveis.
1 – Este domingo poderia chamar-se o
domingo da concórdia, virtude tão necessária para manter relações fraternas com
o próximo. «Caríssimos – exorta-nos S. Pedro na Epístola (I, 3, 8-15) – sede todos de um mesmo coração, compassivos, amantes dos irmãos,
misericordiosos, modestos, humildes». O Apóstolo fala-nos de um modo muito
prático e realista; ele sabe que, dada a nossa fragilidade e limitação, é
impossível conservar a concórdia se não nos sabemos compadecer dos defeitos
alheios, se não sabemos ser misericordiosos com quem nos causa dissabores, se
não sabemos suportar humildemente qualquer ofensa. Aquele que, para viver em
perfeita harmonia com os outros, pretendesse nunca ter de suportar nenhum
aborrecimento, nenhum desgosto, não ser nunca contrariado ou incomodado, bem
pouca experiência teria da realidade da vida e esqueceria que não somos puros
espíritos, mas espíritos limitados pela matéria; esqueceria que «somos homens
mortais, frágeis, enfermos, que transportamos vasos de barro [isto é, o corpo],
causa de mútuas angústias» (Sto. Agostinho), tal como vasilhas de barro
que, viajando no mesmo carro, chocando umas com as outras, ocasionam prejuízo
recíproco. A nossa limitação produz em nós mentalidades, gostos,
interesses diferentes uns dos outros, pelo que nem sempre nos entendemos e, por
vezes, mesmo sem querer e sem sombra de má intenção, cada um age em sentido
oposto ao outro. O remédio para estes inconvenientes inevitáveis é o que nos
sugere Sto. Agostinho: se a limitação da nossa natureza nos é motivo
de recíprocas amarguras, «dilatentur spatia caritatis», dilatem-se as
dimensões da caridade, ou seja, dilatemos o coração com uma caridade maior para
nos sabermos compadecer e compreender mutuamente e, além disso, exercitemo-nos
mais na humildade para vencermos os ressentimentos do amor próprio. Mesmo que
agisse contra nós por má vontade, devíamos saber perdoar-lhe, segundo a palavra
do Apóstolo: «não retribuais mal por mal, nem maldição por maldição, mas,
pelo contrário, bendizei... E até se alguma coisa sofreis pela
justiça, sois bem-aventurados! ... Mas bendizei Cristo Senhor em vossos
corações».
2 – O Evangelho (Mt. 5, 20-24), retoma e aprofunda o mesmo argumento. Em primeiro lugar, Jesus
diz-nos: «Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e a dos fariseus, não
entrareis no reino dos céus». É uma clara alusão à nova lei do amor que Jesus
nos trouxe e que supera em muito a pura lei da justiça: não podemos
contentar-nos – como se contentavam os fariseus – em não causar dano ao
próximo, mas devemos praticar para com ele uma delicada caridade
fraterna. Não basta «não matar» para fugir ao «juízo», ensina o Mestre,
pois «todo aquele que se irar contra seu irmão, será condenado em juízo».
Eis um outro aspecto da nova lei proposta por Jesus: não basta ser
justo no exterior, é preciso sê-lo sobretudo no interior, ou seja, no coração;
não basta evitar a ofensa externa ao próximo, mas é também necessário evitar,
ou melhor, reprimir o ressentimento interior. Os fariseus, com a sua
interpretação material da lei, tinham-lhe esquecido completamente o espírito,
tinham esquecido que os olhos do Senhor nos olham sempre e não somente vêem o exterior,
mas ainda o interior, de maneira que não se podem esconder dEle a ira
e o ressentimento que se ocultam no coração. De resto, até no trato com o
próximo Jesus nos pede uma grande delicadeza, exigindo que se evitem não só as
ações mas também as palavras ofensivas. E Ele tem de tal modo a peito
a caridade e a concórdia fraternas, que não hesita em dizer-nos: «Se estás para
fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares aí que teu irmão
tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta... e vai reconciliar-te
primeiro com teu irmão». Quanto nos ama o Senhor! «Ele – observa com
sutileza S. João Crisóstomo – não cuida se quer da Sua honra quando
se trata de exigir o amor do próximo. 'Interrompa-se embora o meu culto,
diz, mas restabeleça-se a tua caridade'». Como poderão ser agradáveis a Deus as
nossas orações e as nossas oferendas, se entre nós e o nosso próximo houver
qualquer coisa que impeça a perfeita concórdia?
Extraído
do Livro Intimidade Divina – P. Gabriel de Santa Maria Madalena O.C.D.
Segunda edição (Traduzida da 12ª edição italiana) – 1967.
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