sábado, 9 de novembro de 2019

Edição nº 455

«Liturgia Dominical»
Ano 9 – nº 455 9 de novembro de 2019

 22º Domingo depois de Pentecostes
verde – 2a. classe.


«Porque Me tentais, hipócritas?» Cólera sagrada de Cristo, «que sabe o que há no homem», contra a perfídia astuciosa,


«De quem é esta imagem e esta inscrição? Responderam-Lhe: De César. Então Ele lhes replicou: Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.» Ev.

Avisos Paroquiais

1 - Hoje é o dia da Entrega do Dízimo.
2 - Santas Missas nos horários de costume: 7h, 9h e 19h.
Na Santa Missa das 9h, haverá Primeira Comunhão.
Concede-se indulgência plenária ao fiel que: 1º Aproximar-se pela primeira vez da sagrada comunhão ou assistir piedosamente a outros que se aproximam pela primeira vez. conc. 8, §1, 1º)
3 - Às 16h – Festival de Prêmios em benefício às obras paroquiais.

Divulgação:
(Transmissão ao Vivo - Santa Missa 7h, 9h e 19h)
(Transmissão ao Vivo - Santa Missa 7h, 9h e 19h)

Intróito / SI INIQUITATES —  Salmo 129. 3-4, 1-2
O Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia.
Na esteira do pensamento de Jesus, a Igreja pede a Deus que esqueça as faltas dos homens e somente dê ouvidos à sua misericórdia.
Si iniquitátes observáveris, Dómine: Dómine, quis sustinébit? quia apud te propitiátio est, Deus Israël. Ps. De profúndis clamávi ad te, Dómine: Dómine, exáudi vocem meam. .Glória Patri, et Fílio, et Spirítui Sancto.
Se observardes, Senhor, as nossas iniquidades, Senhor, quem subsistirá? Mas, tudo em Vós é clemência, ó Deus de Israel. Sl. Das profundezas do abismo clamei a Vós, Senhor! Senhor, escutai a minha voz. . Glória ao Pai.
Oração (Colecta)
Pedimos ao Senhor aquilo de que precisamos nesse dia para a nossa salvação.
Numa breve oração, o celebrante resume e apresenta a Deus os votos de toda a assembleia, votos estes sugeridos pelo mistério ou solenidade do dia.
Deus, refúgium nostrum et virtus: adésto piis Ecclésiæ tuæ précibus, auctor ipse pietátis, et præsta; ut, quod fidéliter pétimus, efficáciter consequámur Per Dominum nostrum Iesum Christum.
Ó Deus, nosso refúgio e força, atendei às piedosas súplicas de vossa Igreja, e, porque, sois o próprio Autor da piedade, fazei que realmente consigamos o que com viva confiança pedimos.  Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Epístola de S. Paulo Apóstolo aos Filipenses 1. 6-11
Na expectativa do «regresso do Senhor», a Igreja prossegue a sua obra de evangelização. A sua alegria, como a de S. Paulo, é ver a vida cristã expandir-se no mundo; e o seu desejo é vê-la progredir em cada um de nós até ao dia do juízo.
Fratres: Confídimus in Dómino Iesu, quia, qui coepit in vobis opus bonum, perfíciet usque in diem Christi Iesu. Sicut est mihi iustum hoc sentíre pro ómnibus vobis: eo quod hábeam vos in corde, et in vínculis meis, etin defensióne, et confirmatióne Evangélii, sócios gáudii mei omnes vos esse. Testis enim mihi est Deus, quómodo cúpiam omnes vos in viscéribus Iesu Christi. Et hoc oro, ut cáritas vestra magis ac magis abúndet in sciéntia et in omni sensu: ut probétis potióra, ut sitis sincéri et sine offénsa in diem Christi, repléti fructu iustítiæ per Iesum Christum, in glóriam et laudem Dei.
Irmãos: 6Tenho firme confiança no Senhor Jesus, que Aquele que em vós começou a boa obra, há de completá-la até o dia do Cristo Jesus.1 7É justo que eu tenha este sentir de vós todos, porque, vos tenho no coração, e quer em minhas prisões, quer na defesa e continuação do Evangelho, todos sois participantes de minha alegria. 8Deus me é testemunha da ternura com que amo a todos vós no afeto íntimo de Jesus Cristo. 9O que Lhe peço é que a vossa caridade aumente mais e mais, em conhecimento e compreensão,10para que aprecieis o que é melhor; a fim de que sejais puros e sem mancha para o dia de Cristo, 11cheios de frutos de justiça, por Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus.
1. O dia da vinda gloriosa de Jesus, no fim dos tempos.

Gradual / Salmo 132. 1-2
Gradual e Aleluia, são cantos intercalares, por via de regra, tirados dos salmos e que traduzem os devotos afetos produzidos na alma pela leitura da Epístola ou sugeridos pelo Mistério do dia.
Ecce, quam bonum et quam iucúndum, habitáre fratres in unum! . Sicut unguéntum in cápite, quod descéndit in barbam, barbam Aaron.
Vede quanto é bom e suave que os irmãos vivam unidos! . É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual escorre sobre a barba e por toda a barba de Aarão.
Aleluia / Salmo 113. 11
Allelúia, allelúia.  . Qui timent Dóminum sperent in eo: adiútor et protéctor eórum est. Allelúia.
Aleluia, aleluia.  . Os que temem o Senhor, confiem n'Ele, pois, Ele é o seu amparo e o seu protetor. Aleluia.
Evangelho segundo São Mateus 22. 15-21
O desobrigarmo-nos de nossos deveres para com os homens não deve, de maneira nenhuma, subtrair-nos ao soberano domínio de Deus.
In illo témpore: Abeúntes pharisaei consílium iniérunt, ut cáperent Iesum in sermóne. Et mittunt ei discípulos suos cum Herodiánis, dicéntes: Magíster, scimus, quia verax es et viam Dei in veritáte doces, et non est tibi cura de áliquo: non enim réspicis persónam hóminum: dic ergo nobis, quid tibi vidétur, licet censum dare Caesari, an non? Cógnita autem Iesus nequítia eórum, ait: Quid me tentátis, hypócritæ? Osténdite mihi numísma census. At illi obtulérunt ei denárium. Et ait illis Iesus: Cuius est imágo hæc et superscríptio? Dicunt ei: Caesaris. Tunc ait illis: Réddite ergo, quæ sunt Caesaris, Caesari; et, quæ sunt Dei, Deo.
Naquele tempo, 15retiraram-se os fariseus para consultarem entre si a ver como apanhariam a Jesus em alguma palavra. 16E enviaram-Lhe seus discípulos com alguns herodianos, dizendo: Mestre, sabemos que sois amigo da verdade e que ensinais o caminho de Deus, segundo a verdade, sem Vos preocupardes com quem quer que seja, porque, não julgais o homem segundo a sua carne. 17Dizei-nos, pois, o vosso parecer. É lícito pagar o tributo a César, ou não? 18Conheceu porém, Jesus, a sua maldade, e disse: Por que, me tentais hipócritas? 19Mostrai-me a moeda do tributo. Eles Lhe apresentaram um dinheiro. 20E Jesus lhes disse: De quem é esta imagem e esta inscrição? 21Responderam-Lhe: De César. Então Ele lhes replicou: Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.
CREDO... Concluímos a Ante-Missa com essa profissão de fé.
Breve compêndio das verdades cristãs e Símbolo da fé católica. Com a Igreja, afirmemo-las publicamente e renovemos a profissão de fé que fizemos no Batismo.

Ofertório / Ester 14. 12-13
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito.
Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito. Três elementos o constituíam antigamente: apresentação das oferendas, canto de procissão, oração sobre as oblatas.
Recordáre mei, Dómine, omni potentátui dóminans: et da sermónem rectum in os meum, ut pláceant verba mea in conspéctu príncipis.
Lembrai-Vos de mim, Senhor, Vós que estais acima de todo o poder; ponde em minha boca palavras justas para que sejam agradáveis ao príncipe.
Secreta
É a antiga «oração sobre as oblatas», ponto de ligação entre o Ofertório e o Cânon.
Da, miséricors Deus: ut hæc salutáris oblátio et a própriis nos reátibus indesinénter expédiat, et ab ómnibus tueátur advérsis. Per Dominum nostrum Iesum Christum.
Concedei, ó Deus de misericórdia, que esta salutar oblação nos livre inteiramente das cadeias de nossas próprias culpas, e nos defenda de todas as adversidades. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Communio / Salmo 16. 6
Alternando com o canto dum salmo, acompanhava (e ainda hoje pode acompanhar) a comunhão dos fiéis.
Nas Missas cantadas, se canta, enquanto o sacerdote toma as abluções e recita as orações seguintes em que se pedem para a alma os frutos da Comunhão.
Ego clamávi, quóniam exaudísti me, Deus: inclína aurem tuam et exáudi verba mea.
Eu clamei por Vós, ó Deus, pois, Vós me ouvis; inclinai os vossos ouvidos e atendei às minhas súplicas.
Postcommunio
Súplica a Deus para que nos conceda os frutos do Sacrifício.
Súmpsimus, Dómine, sacri dona mystérii, humíliter deprecántes: ut, quæ in tui commemoratiónem nos fácere præcepísti, in nostræ profíciant infirmitátis auxílium: Qui vivis et regnas.
Tendo recebido os Dons do Sagrado Mistério, com humildade Vos rogamos, Senhor, que sirva de socorro à nossa fraqueza o Sacrifício que em vossa memória nos mandastes oferecer. Vós que, sendo Deus, viveis e reinais.

Meditação

Os Nossos Deveres
Ensinai-me, Senhor, a cumprir todos os meus deveres em homenagem à Vossa soberana Majestade.

1 — Os ensinamentos contidos na Missa deste domingo podem sintetizar-se na conhecida frase de Jesus que lemos no Evangelho (Mt. 22, 15-21): «Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus»; por outras palavras: cumpri com exatidão os vossos deveres para com Deus e para com o próximo, dando a cada um o que lhe pertence.
A Epístola (Fil. 1, 6-11) apresenta-nos S. Paulo como modelo de caridade para com aqueles que Deus confiou aos nossos cuidados: «Tenho-vos no coração, vós todos que, quer nas minhas cadeias, quer na defesa e confirmação do Evangelho, sois participantes da minha alegria». S. Paulo sente vivamente a sua paternidade espiritual para com as almas que gerou para Cristo; embora longe, sente-se responsável pelos seus êxitos, preocupa-se com a sua perseverança no bem, ampara-as com o seu afeto paternal e com os seus prudentes conselhos: «Confio que Aquele que começou em vós a boa obra, a completará até ao dia de Cristo Jesus». Não quer que se perturbem por ele estar longe: não é senão um pobre instrumento, só Deus é o verdadeiro guia das almas e Deus continuará a obra começada; quanto a ele, podem ter a certeza de que não cessa de os amar: «Deus me é testemunha de que modo vos amo a todos nas entranhas de Jesus Cristo».
S. João Crisóstomo diz que o coração de S. Paulo é o Coração de Cristo por causa de seu grande amor às almas que o torna muito semelhante ao Redentor. Se Deus pôs uma alma no nosso caminho pedindo-nos que nos ocupássemos dela, não podemos desinteressar-nos; essa alma fica doravante unida à nossa, devemos sentir-nos responsáveis por ela e obrigados a ajudá-la até ao fim.
Depois de nos ter falado da solidariedade que devemos ter para com os que foram confiados aos nossos cuidados, a Epístola lembra-nos também a caridade em geral a respeito do próximo: «que a vossa caridade cresça mais e mais em ciência e em todo o conhecimento». Trata-se de uma caridade cada vez mais delicada na compreensão da alma dos outros, cada vez mais perspicaz em se adaptar às mentalidades, às exigências e aos gostos alheios; uma caridade que deve impelir-nos, como diz S. Paulo, «a distinguir — e portanto a fazer — o melhor», a fim de que sejamos «sinceros e irrepreensíveis para o dia de Cristo» (Fil. 1, 10).
2 — O Evangelho descreve, nítida e claramente, a posição do cristão perante a autoridade civil. A questão insidiosa, se é ou não lícito pagar o tributo a César, oferece a Jesus a ocasião de resolver o problema das relações entre os deveres civis e os religiosos. Pede que Lhe apresentem uma moeda e pergunta: «De quem é esta imagem e esta inscrição?» «De César», responderam-Lhe. E Jesus replica: «Dai pois a César o que é de César e a Deus o que é de Deus».
Não há oposição entre os direitos do poder político e os de Deus, porque «não haveria poder algum se não fosse dado do alto» (cfr. Jo. 19, 11): a autoridade política legitimamente constituída provém de Deus e há de ser respeitada como um reflexo da autoridade divina. Por isso, todo o cristão está obrigado a obedecer à autoridade política, desde que esta não ordene coisas contrárias à lei de Deus, porque neste caso já não representaria a autoridade divina, e então, como diz S. Pedro, «deve-se obedecer antes a Deus que aos homens» (At. 5, 29).
Não pensemos que, tendo-nos dedicado ao apostolado ou consagrado a obras religiosas, estamos por isso dispensados dos deveres civis; pelo contrário, também neste campo os católicos deveriam ser os primeiros. Os imperadores, os reis, os homens que se consagraram à política ou às armas e que a Igreja venera como santos, dizem-nos que a santidade é possível em toda a parte e que se pode alcançar mesmo estando ao serviço do Estado, pois nesse caso também se trata de servir a Deus nas criaturas.
Ordenando-nos que se dê a César o que é de César, Jesus ensina-nos a dar ao Estado tudo quanto lhe pertence, tudo o que se refere à ordem e ao bem público temporal. Mas Jesus não fica por aqui e acrescenta: «dai a Deus o que é de Deus». Se o denário que tem a efígie de César deve ser restituído a César, muito mais a nossa alma, que traz em si a imagem de Deus, deve ser restituída a Deus. Afirmar que devemos dar a alma a Deus, é dizer que Lhe devemos dar tudo, porque efetivamente tudo recebemos dEle. Neste sentido, cumprir os nossos deveres para com o próximo, para com os iguais ou inferiores, para com os superiores eclesiásticos ou civis, é cumprir os nossos deveres para com Deus, é restituir-Lhe tudo quanto nos deu, submetendo a nossa liberdade à Sua lei e pondo a nossa vontade ao serviço da Sua.
Extraído do Livro Intimidade Divina­ — P. Gabriel de Santa Maria Madalena O.C.D.
Segunda edição (Traduzida da 12ª edição italiana) — 1967.


ORAÇÃO DO DIZIMISTA

Recebei, Senhor, a minha oferta!
Não é uma esmola, porque não sois mendigo.
Não é uma contribuição a Vós, porque não precisais.
Não é o resto que me sobra que vos ofereço.
Esta importância representa, Senhor,
MEU RECONHECIMENTO,
MEU AMOR,
Pois, se tenho, é porque me destes.
Amém.

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